Combater as concepções de estudante como “cliente” e de educação como “serviço”, concepções estas que decorrem das politicas neoliberais, da utilização do ensino para obtenção de lucro e da precarização do ensino público, são tarefas indispensáveis do Movimento Estudantil, o que demanda uma atuação coletivamente na realidade concreta. Asim, é necessário agir ativamente em nossa formação e, sobretudo, entender os rumos da universidade e do ensino jurídico.
É válido lembrar que o Movimento Estudantil é um movimento social que busca, de forma coletiva e organizada, refletir sobre o papel da educação e intervir dentro da universidade, atuando contra o processo de precarização e contra o modelo hegemônico de educação não emancipatório. Assim, propomos melhorias em nossos cursos, pautando, sempre, a perspectiva crítica do direito para a emancipação social, e garantindo, também, as estruturas necessárias para a realização de tal projeto.
Devemos pautar, estrategicamente, a construção de uma nova sociedade, construção esta que se dá por meio da realização de tarefas para a necessária transformação social. O ME deve, fundamentalmente, traçar as táticas para atingir este projeto de sociedade. Portanto, seu papel está definido de acordo com os seguintes eixos:
Lutar pela transformação da sociedade;
Lutar pela Educação e pela transformação da universidade (no caso, lutar por ensino jurídico crítico e de qualidade);
Construir lutas concretas e fazer a disputa de consciência nas universidades, que se dá por meio de apontamento das contradições, quaisquer que sejam elas, de nossa universidade, como por exemplo, a desqualificação do corpo docente, a falta de professores, a falta de livro, a falta de computador etc.;
Formar militantes comprometidos com as lutas do povo, sendo a militância estudantil meio necessário para a renovação dos quadros e, sobretudo, para formação destes para além da universidade;
Massificar um novo projeto de sociedade, por meio da construção de uma nova universidade.
Portanto, faz-se necessária a construção de uma entidade de base que tenha seus objetivos e caminhos claros para a transformação social, emancipação e um ensino jurídico crítico, reivindicações estas que temos a obrigação de dirigir. Assim, devemos nos organizar para ação, relacionando dialeticamente teoria e sentimento, para que a prática revolucionária dialogue, sempre, com todos os estudantes. Deste modo, a nossa ação construirá o amanhã.
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